A Formação de Professores e as Ciências Sociais

Gostaria de compartilhar neste post a respeito de uma questão espinhosa e ao mesmo tempo fundamental quando se trata de pensarmos na função social e na efetividade dos processos formais de educação. Gostaria de pegar como motivador dessa discussão um vídeo muito interessante, onde uma formadora de professores fala sobre caminhos possíveis para a superação dos abismos que separam as diferentes disciplinas ministradas na escola e que acabam limitando a relevância da educação formal para a vida concreta das pessoas na realidade social. Disponibilizo aqui (logo abaixo, ao final do texto) a primeira parte da palestra, mas recomendo que você veja a palestra toda.
Sem entrar em questionamentos mais profundos acerca do atual sistema de ensino, Bernadete Gatti trata de situações bem práticas e levanta em sua fala questões tais como interdisciplinaridade e formação do currículo escolar, a carreira de professor e o fomato da escola.
Vários autores das ciências sociais já abordaram o tema da escola como mero reprodutor da estrutura social vigente. Dentre eles, Althusser e Pierre Bourdieu estão entre os que mais duramente criticam o modelo educacional da sociedade moderna ocidental, chegando às vezes à beira do pessimismo total quanto a qualquer possibilidade de melhora desse sistema. O educador Paulo Freire, por sua vez, propôs um dos mais ousados e revolucionários modelos de educação. Porém, ainda que se considere e se preserve o alvo revolucionário de transformar a educação em um instrumento de libertação social, modificando-se inclusive suas bases e pressupostos atuais, há lugar, creio eu, para que se implementem mudanças no modelo atual que possam pelo menos torná-lo menos cruel e excludente enquanto uma mudança essencial não acontece.
Assista ao vídeo e comente ok?!

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