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Mostrando postagens de abril, 2010

O Santo e o Profano - Celibato, pedofilia e corporativismo, dentro e fora da igreja

Recebi hoje em minha caixa de email um texto, enviado por um colega de faculdade, supostamente escrito pelo Jabor, sobre a questão do celibato e dos casos de pedofilia na igreja católica. Como a mensagem veio de um membro do grupo de email da minha turma da facul, resolvi responder e iniciar uma reflexão com a tchurma. Mas quando vi já tinha escrito um texto enorme para um email. Então resolvi postar aqui o tal texto e minha resposta ao meu amigo, assim outros poderão entrar na discussão também. Eis abaixo o texto, supostamente do Jabor: "Só os anjos não tem sexo Arnaldo Jabor Os olhos do papa me inquietam. São olhos frios, perscrutadores, inquisitivos. O corpo se mexe, sob o manto rubro e dourado, os gestos são eclesiásticos, mas os olhos são fixos, defensivos, preocupados em esconder os desvios de um dogma superado e "inevitável". Nessa onda de denúncias contra os padres pedófilos, seus olhos ficaram mais duros. Não digo que ele seja conivente com a pedofilia, mas
A fé cristã primitiva afirmava constantemente a fé como a capacidade de apreender aquilo que não é visto pelos olhos naturais. Jesus repreende a Tomé por este só conseguir crer após ver, e lhe diz que felizes são os que não viram e creram. Paulo, o apóstolo, diz em seus escritos aos coríntios que nós andamos por fé e não pelo que vemos. Da mesma forma Pedro em sua epístola diz aos seus leitores imediatos que eles amavam ao Cristo ao qual não haviam visto, e que esse amor em fé produzia neles uma alegria profunda, gloriosa e indizível. Isso tudo nos convida a percebermos que a visão natural e, consequentemente, racionalidade nela baseada, é insuficiente para uma satisfatória apreensão da realidade em muitos dos seus aspectos. Quem já se aventurou nas leituras de Kant, o filósofo de Konigsberg, já se deparou com sua demonstração inequívoca de que a realidade se acha irremediavelmente inacessível aos sentidos.