A fé cristã primitiva afirmava constantemente a fé como a capacidade de apreender aquilo que não é visto pelos olhos naturais. Jesus repreende a Tomé por este só conseguir crer após ver, e lhe diz que felizes são os que não viram e creram. Paulo, o apóstolo, diz em seus escritos aos coríntios que nós andamos por fé e não pelo que vemos. Da mesma forma Pedro em sua epístola diz aos seus leitores imediatos que eles amavam ao Cristo ao qual não haviam visto, e que esse amor em fé produzia neles uma alegria profunda, gloriosa e indizível.
Isso tudo nos convida a percebermos que a visão natural e, consequentemente, racionalidade nela baseada, é insuficiente para uma satisfatória apreensão da realidade em muitos dos seus aspectos.

Quem já se aventurou nas leituras de Kant, o filósofo de Konigsberg, já se deparou com sua demonstração inequívoca de que a realidade se acha irremediavelmente inacessível aos sentidos.

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